quarta-feira, 25 de maio de 2011

Intelectuais fluminenses festejam Lucchesi na ABL


A presença de Marco Lucchesi na Academia Brasileira de Letras é um fato para ser intensamente festejado. Não por falar 18 idiomas e ter se tornado o mais jovem acadêmico da ABL, mas por ser, acima de tudo, um intelectual honesto, sem jaça, terno e humilde, a par de brilhante poeta, ensaísta e tradutor. Para nós, fluminenses, é motivo de grande orgulho ver chegar ao olimpo da intelectualidade brasileira um concidadão de Itacoatiara que não esconde o reconhecimento pelas influências recebidas na atmosfera do Calçadão da Cultura, de Carlos Mônaco e sua Livraria Ideal, e do meio literário de Niterói, cidade em que vive desde os oito anos de idade.
Acho difícil encontrar outro escritor brasileiro impregnado da universalidade de Marco Lucchesi. Parece haver compreendido desde cedo, em toda a sua amplitude, o conselho de Tolstoi: “Para ser universal, basta cantar a sua aldeia”. Lucchesi cantou muito mais do que a sua aldeia, tendo passeado ao longo de sua carreira literária por fascinantes caminhos da Europa e do mundo árabe, cujos mistérios parecem tocá-lo profundamente. Porém, sem jamais perder a identidade e o vínculo com a terra que o entreteu, como deixou claro nos agradecimentos ao final de seu discurso de posse na ABL ao lembrar o apoio dado, no início de sua jornada, por Alberto Torres, de O Fluminense, jornal em que publicou seu primeiro artigo, aos 15 anos.
A intelectualidade fluminense prestigiou em grande número e incontido júbilo a posse de Lucchesi na ABL, na última sexta-feira. Lá estava Carlos Mônaco, acompanhado de Roberto Kahlmeyer-Mertens, organizador do livro Conversações com intelectuais fluminenses, com depoimento do próprio Lucchesi, a ser lançado brevemente pela Nitpress. Presentes também Nina Rita, proprietária do jornal O Fluminense; os presidentes do Cenáculo Fluminense de História e Letras, Júlio Vani, e da Academia Niteroiense de Letras, Márcia Pessanha; o artista plástico Israel Pedrosa e João Cândido Portinari, curador da obra de seu pai, o grande Portinari; e vários outros jornalistas, escritores e artistas.
Registro a seguir alguns momentos daquela noite marcante, vários deles clicados por Aldo Pessanha. Outro registro fotográfico da noite, mais completo do que este, pode ser visto no ótimo blog Literatura-Vivência, de Kahlmeyer-Mertens. Recomendo, ainda, a leitura do artigo de Faustino Teixeira sobre Lucchesi no blog Diálogos.

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